Ferramentas
Vamos agora falar das ferramentas básicas deste hobby que é bastante simples e acessíveis.
• Estilete: Utilizaremos para cortar peças intricadas do papel sem ter o perigo de deforma-las ou danifica-las, prefira marcas boas. Se quiseres investir um pouco mais o melhor seria adquiri uma faca tipo X Acto que garante na hora do corte uma precisão sem igual.
• Tesoura média de ponta: Pau para toda a obra serve para cortar, desbastar peças, o seu uso é meio óbvio...
• Tesoura de unhas: Utilizaremos para trabalhos delicados de corte.
• Régua de metal: Serve para realizar dobras nas peças ou como escora de qualquer ferramenta de corte (estilete) ou de dobra
• Caneta “Morta” uma caneta esferográfica sem tinta ou uma lapiseira velha são excelentes ferramentas para realizar sulcos nas linhas de dobra das peças.
• Pinças de filatelia ou electrónica: O uso é óbvio: levar peças onde os dedos não chegam ou unir peças para colagem em locais difíceis dos dedos chegarem...
• Cola Branca: Embora seja a principal cola de muitos neste hobby, ela tem a desvantagem de manchar e deformar o papel quando aplicada em demasia.
• Cola de Isopor: Uma boa opção para substituir a cola branca, garante boa resistência e não mancha ou deforma o papel, porém demora, para secar.
• Cola de Glicerina: A famosa cola bastão tipo Print, usamos esta para colar peças em outros tipos de papel ou para duplicar a gramatura de um determinado tipo de papel, é uma cola que não deforma o papel, mas mancha se aplicado em demasia.
• Lápis de Cor: Servem para pintar as famigeradas linhas brancas que são produzidas quando realizamos dobras ou fica uma fresta por causa de uma aba mal colada...
• Palitos de dentes ou agulha de costura: Usamos para aplicar cola sem excessos e acidentes...
• Verniz Acrílico em spray: Utilizamos para proteger o modelo das intempéries e acção do tempo quando pronto, prefira marcas que tenha filtro UV para evitar o amarelamento e desbotamento das cores e do papel.
Materiais
Obviamente o papel é o nosso principal material, os modelistas de cada país o denominam de um jeito diferente. O que em geral no exterior chamam de “cardboard” é equivalente a nossa tradicional cartolina, o que não serve para regra, já que eles definem o tipo de papel pela gramatura e não pela consistência e cor. Aliás falando em gramatura ela é a razão peso/espessura do papel, quanto menor a gramatura mais fino é o papel.Existem alternativas diferentes a cartolina, a desvantagem fundamental desta é que precisa ser cortada em formato A-4 e não são todas as impressoras que a aceitam numa boa...
Uma alternativa a cartolina é o papel sulfite em suas diferentes gramaturas extremamente acessíveis e populares, vendidos em formato A-4 as gramaturas mais comuns são as de 75g e 90g, que podem ser eventualmente utilizadas para trabalhos delicados, no entanto as verdadeiramente úteis são as de 120g e 180g que são um pouco mais difíceis de serem obtidas mas substituem perfeitamente a cartolina.
Outros papéis podem ter usos especiais como o papel cartão, bismark e Kraft em gramaturas acima de 240g que podem ser usados para fazer reforços estruturais internos. Cartolinas metalizadas nas cores prata e ouro podem ser úteis na feitura de modelos que exijam acabamentos metálicos como modelos de foguetes de SF da década de 50. Outro material comum de lermos nas páginas estrangeiras, é o cardstock, na verdade equivale ao papel cartão e ao Kraft que já citamos o uso e função...
Conselhos básicos para começar
• Escolha um modelo simples para começar...
• Imprima em uma impressora de qualidade, em bom número de DPI’s, das domésticas recomendo as Epsons e HP séries 35 para cima, desaconselho impressoras tipo Cânon e HP série 600 as impressões ficam um lixo (a menos que se utilize os caríssimos cartuchos fotográficos)...
• Impressões em gráfica expressa também valem desde que o papel utilizado esteja na gramatura correcta e seja sem brilho (por que a cola não pega no papel couchê brilhante, muito utilizado neste tipo de local)...
• Escolha gramaturas medianas entre 120g à 180g para imprimir o seu modelo.
• Procure trabalhar em um ambiente limpo, claro e organizado.
• Tenha paciência, se errar e tiver reversibilidade, refaça, amasse e recomece tudo de novo no último caso, lembre-se que isto é um divertimento, não uma tortura que só fará aumentar a sua pressão arterial...
• Procure desenvolver as suas próprias técnicas de montagem, às vezes procedimentos diversos chegam a um mesmo resultado ou a um resultado melhor.
• E por último, por ser uma diversão não a transforme em obsessão, você deve governar o hobby e não o contrário.
Nomenclatura comum no modelismo de papel
Aqui termos em inglês muito comum de vermos nas instruções dos modelos e que são por assim dizer “universais”.
• Tabs ou flaps: São as abas de colagem dos modelos, a junção das peças dependem da colagem destas que são estruturas de união entre os vértices e ângulos das peças.
• Fold Lines: As chamadas linhas de dobra, como o nome diz são por estas linhas que se orientam as dobras que formam as peças, a correcta interpretação destas linhas forma perfeitamente as peças do modelo. Normalmente as linhas que apresentam traçados são de orientação côncava e as que apresentam um traçado e um ponto são de orientação convexa.
• Laminação: E a técnica que forma sólidos pela colagem de diversas lâminas de papel.
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